28
Ago 12

Começava, dia dezasseis de Agosto, a continuação da odisseia destes dezanove aventureiros… A caminho de Benasque para continuarmos a nossa aventura!

Uma pequena paragem pelos cafés de Torla deu-nos conta de dois terríveis acidentes ocorridos no dia anterior na Brecha de Rolando e num cume em Benasque… É nestas alturas que reconhecemos os riscos que corremos e damos graças estarmos todos bem. Mantendo o plano inicial, iniciamos o passeio pelo lindo e verdejante Vale de Estós. Desta vez, as marmotas não acompanharam o percurso, talvez por estranharem tamanha invasão!

Paramos bastante tempo no refúgio a deliciarmo-nos com umas bebidas e com a beleza que nos rodeava. De volta ao caminho apreciamos as belas flores do vale a cascata… e a dormida era já, já Ali!... Chegamos rapidamente ao local do acampamento, um belo prado, habitado por umas belas marmotas e outros inquilinos menos desejados, mas, ainda assim, muito acolhedor. O rio tinha água suficiente para ir a banhos e tínhamos uma nascente de água mesmo à porta de casa!

Depois dos banhos e de umas aulas de alongamentos preparamos o jantar que aqui o sol escondia-se rapidamente atrás daquelas imponentes montanhas. Duas de treta e “um bagacito” para dormir melhor e lá fomos recuperar energias para o longo dia que se avizinhava. E a hora de acordar confirmava isso mesmo! 4h30!...

 Às 5h30, do dia dezassete de Agosto, já caminhávamos e deixávamos para trás, duas grandes aventureiras, com muita pena de parte a parte, mas cada uma feliz com os seus planos… Enquanto uns subiam, subiam, elas deliciavam-se com uns “gajos” por Benasque J.

Caminhando a um bom ritmo, chegamos lá acima …. E avistamos a tenda solitária das duas meninas… Gritamos bem alto para as despertar, mas só a montanha nos ouviu!

Este dia fica marcado pelos 2000 m de subida acumulada… Foi muito cansativo, mas TODOS conseguimos! E quando avistamos o belo lago, ao lado do qual íamos dormir (Llardana), tudo sarou! Um belo lago rodeado de fascinantes montanhas, água límpida e gélida! Habitado por umas grandes trutas que alguém ainda tentou pescar para o jantar, mas sem sucesso!

Foi um dia passado por lindíssimas paisagens, diversos contrastes, mas longo, apesar de termos chegado ao “acampamento base” por volta das 15h30! E daí, que por volta das seis ou sete da tarde já estávamos todos dentro da tenda para descansar para o dia seguinte! Cada vez mais próximos do próximo objetivo… O Posets!

Dia dezoito de Agosto, abraçados por um céu maravilhoso, começamos a nossa caminhada... Após umas paragens técnicas para abastecer água numa bela cascata e deixar para trás as nossas “mochilitas”, lá começamos a nossa subida! Mais uma! E o que vem a seguir a uma subida?! Outra subida

 Depois do dia anterior… Fácil!... Finalmente no cume aos 3371 m, e mais uma sessão de fotos ajudada por um espanhol que, constantemente, ultrapassávamos da subida…

Mais uma descida, mais um belo banho, numa bela e fria lagoa! Que bem se estava, enquanto os condutores apressavam o passo para ir buscar os carros. Depois de alguns escorreganços pelo caminho, surpresa das surpresas!… A Págali, com o seu grande sorriso e uma “cesta de piquenique”, com bebidas ao gosto de cada um, batatas fritas e bolo para alegrar a nossa chegada! Simplesmente espetacular!

A nossa “Aventura Pirenaica”, com onze “flores de Aço” e oito “feios, porcos, e maus”, parafraseando o Nevão, estava a chegar ao fim, depois de mais de 92 km percorridos e quase 10 km de ascensão! E tinha sido uma grande, grande aventura! De volta à “civilização”, assentamos arraiais na esplanada ao lado da Barrabés, a matar saudades dos “gajos”, das “fajitas”, das cervejitas e outras coisas mais J…

Dia dezanove, regressamos a Portugal… Uma longa, longa viagem, compensada com um belo e acolhedor jantar no “Restaurante Lavrador”, em Chaves.

Foram nove dias inesquecíveis! Uma grande vitória conjunta e pessoal de cada um!

Até à próxima … Vamos Ali?!...

 

Participantes:  Avelã, Bm, Brasalite, Castor, Celta, Estrela, Europa, Flamingo, Galga Montanhas, Girafa, Makandanga, Messe, Nevão, Pagali, Picos, Rocas, Sherpa, Sherpa-Lhamu, White Angel

publicado por Vamos Ali às 17:50
tags:

26
Ago 11

(a kontinuassão do anterior)

5º Dia - 2011/08/11 (Bassa d'Oles - Artiga de Lin)

 

Akordei já + vem disposto e pronto pra tudo mas ñ adibiñaba o ke me esperaba.

Arrankamos // à lagoa avandonando o trilho çó ke ñ aperssevemo-nos ke tinhamos o estradão mesmo à frentex e rezolbemos ir à prokura do trilho ke taba kom + de 150m de desníbel.

Foi uma çubida korta-tudo a faser lemvrar o 1º dia nos Pirenéus do ano anterior. O pior ainda estaba pra bir. Apanhamos o trilho e depois çó foi meter belossidade de kruzeiro até à Cabana de Geles, onde se fes uma pauza. Depois foi çó çeguir o trilho bem delineado à freskiña mas aí kometi um erro kraço ke foi ñ lebar o rádio porke nunka pençei ke çe atrazassem tanto.

Segui todas as indikassões no terreno e çó parei numa liña de água para repôr ajustar os líkidos e komer uma vuxa, depois de paçar a ponte sovre o rio Arriu Joèu. Aí esperei pelo groço da koluna e nada.

Fui andando nas kalmas e fui parar a uma estrada, estaba mui kalor e rezolbi alapar devaixo duma árbore à çomvra e berifikar o trilho.

Kual foi o meu espanto berifikar ke taba fora do trilho markado e nem me apercebi ke o lokal do término da jorna taba no fim da çuvida pela estrada. Arregassei as mangas e fui a korrer pra trás pra apañar o grupo que debia estar no trilho markado no mapa, e apençar onde me tiña enganado (+ tarde comprobei ke ñ me tiña enganado). Tibe a çorte de apañar o grupo ke tamvém taba fora do trilho, juntamo-nos e almossamos. No lokal onde estábamos debia çer + fássil apañar o trilho na parte çuperior desníbel de 150m, do ke boltar pra trás. Antão foi orríbel iço nem kontado çó no lokal. Paçamos pelo trilho e ñ reparamos nele mas deu pra berifikar ke o trilho tiña pura/ dezaparessido na zona do Barranc deth Terralhs. Boltamos a dessser e enkontramos o trilho fomos andando e aparesseu-nos pela frentex outro obstákulo de grandes dimenções, Tibemos de mandar uma exploradora à parte çuperior ke enkontrou o trilho de bolta.

Ainda ñ tiña akabado a çaga kuando rezolbemos kortar kamiño çó ke koratmos sedo de+ e pomos parar à 2º ponte sobre o rio ainda + longe do noço objectibo final. Depois foi çeguir a estrada de alkatrão çubindo pra bensser um desníbel de +-400m. Aki uma donsela alissiou um belhiño pra pedir uma voleia. Pedimos e para um karro kom um kazal e távamos tão dezorientados ke nem çavíamos pra onde keriamos ir e o + engrassado é ke akela estrada ñ tiña çaída e çó um destino. + à frente kom os noços amigos konfirmamos o lokal e toka a pedir voleia, ñ foi à 1ª nem 2ª mas à 3ª foi de bez. Outro kazal tábamos çafos e aki a donzela deu kartas çimples/falaba pelos kotobelos kom eles. Xegamos, agradessemos, tábamos de rastos numa jorna ke debia çer lebesiña foi transformada num martírio.

Çem Çombra Neñuma O Pior Dia Dos Pirenéus. E + fui o úniko ke apañei karrassas e kuando mostrei o meu kusinho branquiño konstrastando kom o moreno do meu elegante korpo pra berem çe tiña karrassas xau Laura ainda apañei uma nas nádegas, mas nos tomates ñ tiña neñuma.

Fikamos junto ao Refúgio Artiga de Lin kom água kom uma espéssie de vevedouro de animais ke deu pra tomar baño dentro. O resto é o tribial nocturno diário na montaña.

 

"É mais importante a maneira de dar do que aquilo que se dá"

PIERRE CORNEILLE

Barba de Milho

Fotos do Barba

(Continua)


publicado por Vamos Ali às 07:59

Segue-nos no

subscrever feeds
pesquisar