05
Abr 12

(Parte 2)

 

O dia D.

Começou com um precalço, atrasei-me. Quando cheguei ao parque de Campismo do Merujal, já lá estavam todos. Após os beijos e abraços da praxe, dei uma palestra acerca do trilho que tinha idealizado e iniciamos marcha, indo aos SSS pelo monte fora, até chegarmos à Mizarela. Sem sairmos do trilho, avistamos a falha geologica que dá forma à toda aquela zona. Continuamos a subir por um trilho pouco definido, até uma espécie de marco.

A paisagem daquele maciço rochoso é algo um pouco estranha, pois a maioria da rocha tinha forma de agulhas, a fazer lembrar um asteroíde qualquer, visto de um filme de cinema. Chegamos então ao marco, e fizemos a nossa primeira paragem, para tirar fotos, contar umas anedotas, enfim, coisas de montanheiros. A partir daqui, era fácil, sempre a descer até a aldeia de Póvoa das Chãs. Ao cruzar da aldeia, o Ti Manel (já não me lembro do nome) mostrou-nos as suas vacas e o seu bitelo. Ainda existem pessoas simples e com bom caracter, confesso até, que se nos quiséssemos almoçavamos lá em casa. Seguimos trilho abaixo até chegarmos ao rio, não sem antes fazermos trabalho de equipa para saltar um último degrau. Almoçamos num parque à beira rio com muita sombra, mesas, fonte, tudo o que era necessário e pensado ao pormenor (calhou!). A partir daqui, vinha a parte mais complicada do percurso, pois tudo o que desce, tem de subir. E subimos de uma assentada só. Confesso que era a parte mais chata, peço desculpa mas não havia outra maneira. Subimos até bem perto do Pico do Gralheiro, não sem antes passarmos por uma cumeada lindissima, com vista para a aldeia por onde tinhamos passado e a Frecha da Mizarela. Tinhamos contornado já grande parte daquela falha geologica. Fomos então até a aldeia do Castanheiro e mais uma paragem, num dos núcleos das pedras parideiras. Este é o mais visitado pois é de fácil acesso mas, existem outros, onde só com as perninhas lá vamos e podemos visualizar melhor este fenómeno de onde a pedra mãe brota outras pequenas pedras. Paramos, comemos, rimos à fartazana e seguimos viagem até a Mizarela pelo PR7. Passamos pela "Pedra Branca", um filão de quartzo, que segundo alguns tem uma energia enorme e que desenvolveu em algumas pessoas atitudes um tanto estranhas, hehehe, história de montanha. Seguimos o trilho à meia encosta, onde a paissagem faz lembrar grandes epopeias em alta montanha. Já na Mizarela e no seu café, foi a vez de degustarmos o belo do salpicão e de uma fantástica quiche. Daqui, fomos de volta ao parque de campismo, onde acabamos este grande dia com uma fantástica e doce torta.   

Sei que o trilho teve alguma dificuldade, mas o que é fácil na Montanha?

Só a vontade de ir mais além!!! ;)

 

Beijos e Abraços

Fotos da Pyrenaica

publicado por Vamos Ali às 09:01

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