23
Ago 12

Fomos Ali ... e foi assim ...


Depois da tarefa difícil de colocar tudo nos carros, antes da hora marcada já estávamos no Alvão, ansiosos por começar esta nova aventura. Partida às 6h30 e, depois de uma longa viagem, lá chegamos a Torla por volta das 18h! Direitinhos ao refugio que a vontade de tomar um banhito era muita!

Apesar do calor não nos ter proporcionado uma boa noite de sono, ninguém queria perder o autocarro que nos levava à tão esperada odisseia :-) e bem antes das 7h já estávamos todos a atestar o dito com as nossas “mochilitas” :-).

Depois de uma viagem de, aproximadamente, 20 min, lá começamos, no dia doze de agosto, a nossa jornada pelo lindo e imponente Vale de Ordesa, nas calmas, aproveitando o bom da natureza e as suas belas cascatas. Cantamos mais uma vez os parabéns à Avelã e fomos almoçar junto à Cola de Caballo, deliciados com a paisagem.

E um novo desafio se nos colocava… irmos todos pelas “Clavijas”… Desafio superado ... fácil! E lá continuamos nós “felizes e contentes” até ao refúgio de Goriz. Chegamos à hora do almoço e tivemos todo o “tempo do mundo” para relaxar como lagartos ao sol, à espera dos “gajos de lycra” :-).

 

 Muitos de nós fomos presenteados por uma bela massagem, patrocinada pela Flamingo, que bem tentou fazer negócio, mas em tempo de crise...

No final da tarde, montamos o nosso “acampamento base”… oito tendas e uma bandeira, com uma paisagem deslumbrante e um ambiente cinco estrelas. E não podemos esquecer a mensagem do Rooibos ... " Já Almoçava" .. pois claro ;-)

Dia seguinte, treze de Agosto, prontinhos às 6h25 para começar o primeiro desafio, para alguns o primeiro grande desafio, a ascensão ao Monte Perdido, a 3355 m. Ainda de frontal ligado, lá fomos nós sempre, sempre a subir, todos em filinha como as formiguinhas, com um ritmo bem marcado e, depois de umas trepadas e de umas “clavijas”, facilmente, e sem grandes canseiras, chegamos ao lago gelado. A partir daqui, sim, começava a dureza! Cascalheira e mais cascalheira! Mas, conseguimos! TODOS! Dezanove aventureiros, destemidos, no cume do Monte Perdido a apreciarem a majestosa paisagem que os rodeava.

 

Depois de uma grande sessão de fotos ajudada por mais um elemento que arrecadamos pelo caminho, o Fran, fomos descemos, cada um a seu ritmo, e ainda deu tempo para alguns se deliciarem e encarquilharem com a água gélida do lago gelado :-). Recarregadas as energias, continuamos a descer, com várias paragens para petiscar e apreciar a paisagem. À hora de almoço estávamos novamente no refúgio com hora de saída marcada para as 15h30. Alguns não resistiram aos “huevos con bacon” a 7,5 euros, enquanto outros quiseram foi despachar o peso das mochilas e, assim, contentarem-se com o almoço previsto.

À hora marcada começamos nova etapa… montar acampamento perto da Brecha de Rolando. Passamos por um prado lindíssimo, serpenteado por um pequeno rio, mas ainda não era aí! Mais umas subidas, mais umas trepadas e lá estávamos nós num belo sítio para dormir, verde, rodeado de montanha e plano! Chegamos com muito sol ainda pela frente, pelo que deu para cantar, dançar, dinâmicas de grupo, e matar saudades da infância com o “Bom Barqueiro”. Foi um final de tarde espetacular, num ambiente espetacular, após uma aventura espetacular.

A hora de acordar do próximo dia, catorze de Agosto, dizia-nos que o dia não ia ser fácil. Depois de atravessar o belo prado que nos acolheu, lá começamos nós outra vez… a subir! Paramos num planalto que nos presenteou com uma belíssima vista para as duas brechas, a falsa e a de Rolando, e, após várias fotos, começamos a nossa grande aventura. A confusão de caminhos e mariolas levou-nos a “cair” naquilo que não estava previsto… “las clavijas e correntes”!... Olhar para baixo era assustador, pensar que um pé mal posto, uma pedra vinda, não sei de onde, uma escorregadela ou um tropeção e …! Mas, o apoio, a interajuda e força de vontade de todos e TODOS superamos mais um desafio e chegamos bem àquelas paredes imponentes, grandiosas, …, simplesmente, “um espanto!”.

Paramos para almoçar, com a Brecha como pano de fundo e fomos descendo, descendo, primeiro até ao refúgio da Brecha e depois até Gavarnie. Sempre a descer, descer… uma descida interminável! Valeram-nos as Edelweises que nos presentearam com a sua encantadora presença.

Uma ligeira mudança de planos e decidimos, ainda neste dia, visitar o Circo de Gavarnie, Património da Humanidade, facilitando o dia seguinte. É realmente uma paisagem assombrosa e, enquanto uns recuperavam energias na esplanada, alguns resistentes e corajosos ainda quiseram apreciar mais de perto a tão famosa cascata e levar uma bela “chuveirada”.

Neste dia, doía tudo a quase todos!... Algumas de nós já sonhava com SPA, hotel 5* e vestido de noite, embrulhado, em cima da cama, em papel de seda… Tivemos de nos contentar com a “velha tenda” e com a roupa de há 3 dias. Valeu o jantar na vila.

A noite foi atribulada, devido às fortes rajadas de vento, mas à hora marcada e a tomar o pequeno-almoço de frontal, começamos o novo dia, de regresso a Torla. Sempre a subir até à fronteira entre Espanha e França, com o vento do contra. Mais uma paragem para apreciar o belíssimo Vallée des Poney D’Aspé e mais uma sessão maluca de fotos, ajudada por uma espanhola que teve o “azar” de se cruzar connosco.

Depois de uma grande subida, uma grande descida! E, lá fomos nós, nas calmas, até Bujaruelo, enquanto os condutores “corriam” para ir buscar os carros. Ainda deu para aproveitar as águas límpidas e gélidas do rio e apanhar uns banhos de sol. Revitalizados, chegamos a Torla e qual banho, qual quê… Fomos mas é esgotar “os bocadilhos” de frango.

E terminamos, assim, deliciados, a primeira fase da nossa aventura, com um jantar em grupo na cozinha do refúgio, a beber o champanhe do aniversário da Avelã.

 

Participantes:  Avelã, Bm, Brasalite, Castor, Celta, Estrela, Europa, Flamingo, Galga Montanhas, Girafa, Makandanga, Messe, Nevão, Pagali, Picos, Rocas, Sherpa, Sherpa-Lhamu, White Angel

publicado por Vamos Ali às 20:00

A vida é um processo....é como subir uma montanha, mesmo que no fim não se esteja tão forte, fisicamente, a paisagem visualizada é do melhor.
Fomos Ali com muita alegria e vontade de chegar mais alto......
Bem haja, sejam felizes......
Castor
publicado por Vamos Ali às 09:06
tags:

Segue-nos no

subscrever feeds
pesquisar